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Marcelo Madeira

Joguem os Dados! A Ciência Probabilística!

A própria comunidade científica tem se mostrado cética e cautelosa em relação aos experimentos comprovados da Física Quântica. Isso porque, no nível subatômico, as leis da física, até então bem conhecidas e categorizadas, parecem não obedecer de forma harmonizada e previsível, como seria esperado em um paradigma científico extremamente determinista.


Os cientistas, a cada novo experimento da Física Quântica, ficam embasbacados com o comportamento do átomo e das partículas subatômicas.


Elétrons parecem agir aleatoriamente, sem uma causa aparente, o que incomoda os cientistas, acostumados e, por que não dizer, doutrinados pelo princípio da causalidade.


Os fenômenos quânticos, ou seja, os fenômenos do mundo microscópico, parecem ser regidos por leis próprias que fogem do entendimento da física clássica e da visão mecanicista.


Muitas vezes, esses fenômenos foram denominados fantasmagóricos.

Einstein acreditava que essas ações aparentemente fantasmáticas um dia seriam elucidadas a partir dos princípios da física clássica e, assim, poderíamos novamente “prever” o comportamento das partículas subatômicas.


Em uma carta a um amigo, ele expressou sua resistência à ideia de um universo fundamentalmente aleatório com a célebre frase: “Deus não joga dados.”


Essa frase, uma das mais emblemáticas na história da ciência, simboliza sua resistência à noção de que o universo é fundamentalmente imprevisível. Einstein acreditava que a mecânica quântica, com sua ênfase na probabilidade e na indeterminação, não oferecia uma explicação completa da realidade.


Para ele, a noção de que partículas subatômicas se comportam de maneira completamente aleatória e não determinística era difícil de aceitar.


Ele defendia que deveria haver uma teoria subjacente, mais profunda, que explicasse os fenômenos quânticos de forma determinística, mesmo que ainda não a conhecêssemos.


A resistência de Einstein à teoria quântica não foi apenas uma questão de desacordo científico, mas também uma profunda convicção filosófica sobre a natureza do universo.


Embora Einstein tenha reconhecido a validade dos resultados experimentais da mecânica quântica, ele continuou a buscar uma teoria mais abrangente que explicasse os fenômenos quânticos de forma determinística.

Ciência Probabilística

O debate entre Einstein e os defensores da mecânica quântica, como Niels Bohr, gerou discussões significativas sobre a interpretação da teoria quântica e a natureza da realidade.



Ciência Probabilística


O determinismo, defendido por Einstein, sugere que a realidade é governada por leis precisas e previsíveis.


Segundo essa visão, todos os eventos e estados futuros poderiam ser previstos com exatidão se conhecêssemos todas as condições iniciais e as leis naturais.


Em contraste, a mecânica quântica introduziu a ideia de que certos aspectos da realidade são intrinsecamente probabilísticos, e não é possível prever com certeza o comportamento de partículas subatômicas.


Apesar de Einstein nunca ter aceitado completamente a interpretação de Copenhague da mecânica quântica, a teoria quântica se estabeleceu como uma das bases da física moderna e foi confirmada por numerosos experimentos.


A frase simboliza a tensão entre determinismo e indeterminismo, destacando a complexidade e o dinamismo da ciência em sua incessante busca por respostas.


Anos mais tarde, Stephen Hawking, em uma alusão ao comentário de Einstein, afirmou: “Deus não só joga dados, como, vez ou outra, ele os esconde.”


 

Joguem os Dados! A Ciência Probabilística!

Artigo de Marcelo Madeira

Teatro de Holograma


 

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