Em 1987, então com 17 anos, me deparei com o livro do Fritjof Capra, o Ponto de Mutação, onde justamente o autor abordava a necessidade da quebra de paradigmas para que o mundo entrasse no eixo. Visivelmente, não há como negar que estamos fora do rumo, seja no âmbito, social, político ou econômico.
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A eclosão da pandemia em 2020 evidenciou isso. Parece que a pandemia trouxe à tona, mundialmente, toda a debilidade da nossa sociedade. Tanto é que a primeira instituição a entrar no lockdown foi a escola.
Pois, justamente, é a escola a grande disseminadora dos paradigmas que regem nossas escolhas no mundo. A escola tem sido, por séculos, uma produtora de operários, engrenagens apenas para servir interesses corporativistas.
Por paradigmas entende-se os modelos de ideias e crenças que são embutidos em nossa sociedade. Muitos desses paradigmas nem sequer são nossos, e muitas vezes (na maioria das vezes), atuam contra nossa própria pessoa, contra nossos próprios interesses e mesmo assim, de uma forma ou de outra, os incorporamos, os enaltecemos e até mesmo, os defendemos com unhas e dentes.
A Física Quântica, através de inúmeros experimentos muito bem medidos e comprovados vem quebrando paradigmas científicos arraigados, principalmente desde os séculos 18 e 19.
Aliás, a Física Quântica é, de todas as ciências humanas, a mais testada e experimentada.
O resultado de seus experimentos nos proporcionou todo esse avanço tecnológico dos últimos 100 anos; uma tecnologia extremamente precisa que nos trouxe os satélites, o rádio, a TV, celulares, GPS e toda essa parafernália eletrônica (Parafernália aqui usada de forma carinhosa).
Nada obstante, o termo eletrônico vem, justamente, do fato da ciência, hoje em dia, conhecer o comportamento do elétron graças à Física Quântica.
Porém, no meu entender, a maior contribuição da Física Quântica vai mais além. Ela transpassa todas as maravilhas tecnológicas do nosso cotidiano. A maior contribuição da Física Quântica foi ter recolocado, através do método científico, o Ser Humano e todos as suas subjetividades no contexto de um universo interconectado e multidimensional.
Artigo de Marcelo Madeira
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